Bursite Subacromial
Drª. Andreia de Almeida
Drª. Biliana Stefanova
Drª. Marta Silva
Anatomia e Biomecânica da Cintura Escapular
Para melhor compreender o quadro clínico da patologia e a sua etiologia, apresentar-se-á uma breve abordagem em termos de anatomia do complexo do ombro.
A anatomia da cintura escapular permite mobilidade do membro superior.
Como resultado, a mão pode ser colocada quase em todo o lugar dentro de uma esfera de movimento, sendo limitada primariamente pelo comprimento do braço e o espaço tomado pelo corpo. A mecânica combinada das suas articulações e músculos permite e controla a mobilidade.
B. Articulações sinoviais
➟ Articulação gleno-umeral (GU)
Articulação triaxial, incongruente, com uma cápsula articular frouxa. É suportada pelos tendões da bainha rotadora e ligamentos gleno-umerais
(superior, médio e inferior) e coraco-umeral. A cavidade glenóide (parte óssea côncava), localiza-se na margem supero-lateral da escápula. O lábio glenóide
(fibrocartilaginoso), aprofunda a cavidade para dar maior congruência.
A parte óssea convexa é a cabeça do úmero. Somente uma pequena porção da cabeça fica em contacto com a cavidade.
Com os movimentos do úmero (movimentos fisiológicos), a cabeça convexa desliza na direcção oposta ao úmero.
Movimentos fisiológicos do úmero: Flexão, Extensão, Abdução,
Adução, Rotação interna, Rotação externa, Abdução horizontal e Adução horizontal. Se o úmero é estabilizado e se a escápula se mover, a cavidade glenóide côncava desliza na mesma direcção em que se move a escápula.
➟ Articulação acromio clavicular (AC)
Articulação triaxial deslizante, plana, que pode ou não ter um disco. A fraca cápsula é reforçada pelos ligamentos acromioclaviculares superior e inferior e a estabilidade é dada primariamente pelo ligamento coracoclavicular.
A parte óssea convexa é uma faceta na extremidade lateral da clavícula e a côncava é uma faceta no acrómio da escápula.
Com os movimentos da escápula, a superfície do acrómio desliza na