Burocracia, Divisão do trabalho e conformidade e desvio
Burocracia
A burocracia caracteriza-se por traços sistematicamente ordenados. Ao contrário do entendimento empírico onde veem a burocracia como sinônimo de demora, problema e morosidade, a burocracia procura padronizar e agilizar através de suas normas uma organização. Cada funcionário exerce uma função sobre uma hierarquia de status. São regidos por leis universalistas onde sua contratação ou destituição só pode ser efetuada mediante as regras de seu estatuto. Uma pessoa não pode ser contratada por ser parente, amigo ou conhecido do recrutador, e sim por suas aptidões, concursos ou títulos. Da mesma maneira não pode destituí-lo por inimizade, antipatia. Ela visa a máxima eficiência através da especialização e divisão do trabalho. A burocracia é um instrumento em poder dos governantes ou do estado. Para que ela ocorra fazem-se necessárias duas condições: é primordial que os burocratas saibam fazer aquilo para qual foi recrutado e que obedeça cegamente o que lhe foi instruído a fazer, quer que seja ou não conveniente. Essas condições só podem ser realizadas simultaneamente se as obrigações dos funcionários forem específicas, universalistas e executadas friamente. A burocracia não é um aparelho qualquer a disposição de qualquer um, ela é centralizada num grupo estrito. Na medida em que é centralizada a burocracia tende a ficar mais rigorosa, procura dar conveniência a uma massa de leis e decretos regulamentados. Na sociedade moderna a burocracia se expandiu como forma geral de organização, porque segundo Weber ela proporciona aos dirigentes e políticos um enorme efeito multiplicador de seu poder, e os permite mobiliar e controlar uma massa de recursos físicos, humanos e financeiros. Ela é duplamente eficaz, pois aumenta em proveito do governante o seu aparato administrativo e o controle que eles exercem sobre a sociedade.
Divisão do trabalho O autor trata a divisão do trabalho como