Bullying
Todos perdem com a prática do bullying. As evidências demonstram que a prática do bullying, aliada a tolerância pelos adultos seja importante indicativo de adoção de comportamentos antissociais e violentos imediatos e tardios, como porte de armas, consumo de tabaco, álcool e drogas, atos criminosos, violência doméstica etc. (LOPES NETO, 2011) As conseqüências da conduta bullying afetam todos os envolvidos e em todos os níveis, porém especialmente a “vítima”, que pode continuar a sofrer seus efeitos negativos muito além do período escolar. Pode trazer prejuízos em suas relações de trabalho, em sua futura constituição familiar e criação de filhos. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na autoestima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio. Para os “agressores”, também poderá haver prejuízo por toda a vida, podendo experimentar a sensação de consolidação de suas condutas autoritárias, tendo como resultados o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta. Para os “espectadores”, que é a maioria dos alunos, estes podem sentir insegurança, ansiedade, medo e estresse, comprometendo o seu processo socioeducacional. Dependendo do grau de sofrimento vivido pela criança, ela poderá sentir-se ancorada a construções inconscientes de pensamentos de vingança e de suicídio, ou manifestar determinados tipos de comportamentos agressivos ou violentos, prejudiciais a si mesma e à sociedade, isto se não houver intervenção diagnóstica, preventiva e psicoterápica, além de esforços conjugados de comunidade escolar (FANTE, 2005 p. 79-81). Com o passar do tempo, as vítimas de bullying tanto podem se recuperar destes traumas sofridos durante o período escolar, como