Bullying Virtual
É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma extensão do que os alunos dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. "O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos", explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp). Esse tormento que é a agressão pela internet faz com que a criança e o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. "Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio."
Quais são as consequências ?
O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se acha bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento. Para mostrar que não são cobardes ou quando percebem que os seus agressores ficam impunes os alvos podem escolher ouras pessoas mais indefesas, e passar de alvo agressor.
Existe diferença entre o bullying praticado por meninos ou meninas?
De modo geral sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram e batem. Mas no universo feminino o problema apresenta se de forma mais velada. As manifestações entre