buling
“A escola é espaço de construção de saberes, de convivência e socialização“ (ABRAMOVAY, 2005, p.29). Na escola, as crianças aprendem, brincam, convivem e assimilam as regras de como se relacionar de maneira saudável na sociedade. Lá é o lugar de fazer amigos, sentir-se bem. Mas, nem sempre é assim... A violência espalha-se por todos os segmentos da sociedade e mostra-se também já fazendo parte do cotidiano escolar. Segundo PEREIRA E PINTO (2001, p. 18) “A violência escolar é um problema que afeta de forma séria as crianças, os professores, os encarregados de educação, os pais, os políticos, os responsáveis pela educação e a comunidade em geral”.
Observa-se que dentre as mais variadas formas de violências produzidas e reproduzidas no espaço escolar, chama a atenção um fenômeno que possui características bem definidas, atinge todas as idades, classes sociais e que vem tomando proporções mundiais, pois há registro de casos em diversos países. Esse fenômeno é o bullying. “O bullying se apresenta de forma velada, por meio de um conjunto de comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos” (FANTE, 2005, p.21). Esses comportamentos são decorrentes do desiquilíbrio de poder entre as vítimas e os agressores, são caracterizados por ações deliberadas e principalmente, não acontecem de forma rara ou acidental, mas manifesta-se de maneira repetitiva.
Então: como se processa a dinâmica do fenômeno e quais as suas implicações no contexto escolar?
Esse trabalho avaliará essa questão às luzes da teoria e da prática: buscando trazer informações sistematizadas do tema: conceitos, características do fenômeno, peculiaridades dos envolvidos, a temática ao longo do tempo e, para ilustrar, uma pesquisa de campo realizada em uma escola particular do estado de Alagoas, que traz dados da realidade quanto à ocorrência do fenômeno entre os alunos, e o nível de conhecimento e preparo dos profissionais da educação frente a este desafio.
1.1 JUSTIFICATIVA