Budismo para iniciantes
Nitiren Daishonin revelou a Lei que permeia a vida e o Universo, o Nam-myoho-rengue-kyo, e a incorporou na formade um mandala (pergaminho) chamado de Gohonzon. Para entender a forma como o Gohonzon interage na vida, vejamos a seguinte analogia: Todas as pessoas possuem dentro de si o Nam-myoho-rengue-kyo, ou a natureza de Buda. No entanto, esse estado é invisível e não o enxergamos com os olhos de mortal comum. Da mesma forma que é necessário um espelho para melhor se arrumar, também é preciso de algo para enxergar a natureza de Buda inerente na vida. O Gohonzon pode ser comparado a um “poderoso espelho” que revela o Nam-myoho-rengue-kyo inerente na vida de cada pessoa. Embora esta Lei Suprema esteja dentro de cada um, é impossível evidenciá-la sozinho. Somente Nitiren Daishonin, por ser o Buda Original, pôde fazê-lo. E para todas as pessoas atingirem o estado de Buda, Daishonin incorporou sua própria vida ao Gohonzon. Na escritura “Resposta a Kyo’o”, Daishonin escreveu: “Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em sumi, assim, creia no Gohonzon com todo seu coração. O coração do Buda é o Sutra de Lótus, mas a vida de Nitiren não é nenhuma outra senão o Nam-myoho-rengue-kyo.” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. 1, pág. 276.) Com essas palavras, ele incentiva a crer no Gohonzon existente dentro de cada um. É claro que o Gohonzon inerente em nossa vida não tem a mesma aparência do Gohonzon consagrado nos lares, porém, apesar de ser invisível aos olhos, possui o mesmo valor. Em outras palavras, existe em cada pessoa algo tão precioso e respeitoso como o próprio Gohonzon. Portanto, a fé no Gohonzon se dá em razão do quanto a pessoa preza sua própria vida. Takehisa Tsuji, dirigente veterano da Soka Gakkai, exemplifica a importância da fé no Gohonzon com as seguintes palavras: “Ao ver botões de cerejeira, o senhor pode pensar: ‘Que lindo!’ Os botões de cerejeira são algo externo e o prazer de achá-lo bonito surge de seu interior. Os japoneses,