Brás e bom retiro história
No século 19, a região do Bom Retiro, localizada entre os rios Tietê e Tamanduateí, era formada por algumas chácaras e sítios, como a "Chácara do Bom Retiro" que nomeou o bairro. Estas propriedades eram usadas como retiros de fim de semana pela população abastada da cidade, como a família Souza Aranha do Marquês de Três Rios, hoje nome de uma das ruas centrais do bairro.
Os judeus que vieram para o bairro perseguidos por nazistas não eram agriculturores. Então, eles entraram no comércio, de confecções. Vem daí um tipo de construção característica do Bom Retiro: prédios baixos, de dois ou três andares, com o comércio no térreo, que simbolizam a estrutura familiar com que eram tocados os negócios.
A partir da década de 60, começaram a chegar os sul-coreanos ao Bom Retiro. Estes imigrantes passaram a comprar as principais lojas do bairro, sobretudo nos anos 80, quando se beneficiaram de uma lei de 1982, que anistiava imigrantes ilegais. Neste período, os judeus começaram a migrar para bairros de caráter mais residencial. Isto aconteceu sobretudo porque as mais novas gerações de origem judaica constituíam-se de profissionais liberais que não quiseram continuar com os negócios da família.
O que antes era comércio familiar, se tornou estrutura empresarial. "Uma das coisas que a gente nota é a mudança nas vitrines da rua José Paulino, mais sóbrias na época dos judeus e mais ousadas com os coreanos", também observa o aumento no número de agências bancárias na região, o que atribui à maior circulação de dinheiro. a compra de imóveis pelos coreanos valorizou casas e apartamentos do bairro.
Atualmente, o Bom Retiro é praticamente um bairro coreano. Eles representam cerca de 70% das 2.000 empresas do Bom Retiro.
O bom retiro é uma região que oferece muito mais do que as lojas essenciais para o consumo de roupas e artigos relacionados à costura. Há ótimos restaurantes, sinagogas, casas de cultura, faculdade, prédios belíssimos, um parque