Bruxismo e DTM
SINTOMATOLOGIA DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
The relationship between the bruxism and the severity of symptoms in the temporomandibular disorder
Cíntia Corrêa Blini (1), Marcela Forgiarini Morisso (2),
Geovana de Paula Bolzan (3), Ana Maria Toniolo da Silva (4)
RESUMO
Objetivo: verificar a ocorrência de bruxismo em sujeitos adultos do sexo feminino com queixa de disfunção temporomandibular e sua relação com o grau de sintomatologia da disfunção. Métodos: participaram deste estudo 28 mulheres na faixa etária de 19 a 56 anos, que apresentavam sintomas de disfunção temporomandibular e que não haviam realizado tratamento anterior. Todas responderam o questionário de Índice Anamnésico proposto por Fonseca et al (1994), o qual possibilita a classificação do grau de sintomatologia de disfunção temporomandibular e verificação da queixa do hábito parafuncional bruxismo; e realizaram uma avaliação odontológica, constituída de exame da musculatura mastigatória, por meio de palpação digital intra e extra-oral, inspeção das articulações temporomandibulares e exame dental. Os resultados foram analisados descritivamente e, para verificar a relação entre o grau de severidade da disfunção temporomandibular com a ocorrência de bruxismo, foram realizados o Teste de Independência do Qui-quadrado e o Teste Exato de Fisher, ambos ao nível de significância de 5%. Resultados: verificou-se que o bruxismo esteve presente em
50% dos casos de disfunção temporomandibular. Não houve relação entre o bruxismo e o grau de sintomatologia de disfunção temporomandibular, estabelecido pelo Índice Anamnésico. Conclusão: os resultados deste estudo sugerem que sujeitos com sintomas de disfunção temporomandibular devem ser questionados e avaliados quanto à presença de bruxismo, independentemente do grau de sintomatologia da disfunção. Assim como deve ser realizado diagnóstico e tratamento do bruxismo em sujeitos assintomáticos de disfunção