Brincadeiras, brinquedos e atividade lúdica
Ozineide Rodrigues Sodré2
Thaís S. M. Teles da Silva3
Resumo:
O presente artigo discute a relação entre o brinquedo, a brincadeira e a atividade lúdica tendo a criança como parte importante nesta relação e o papel do professor proporcionando a construção de significados entre os objetos. Porto (2008) nos faz refletir e dialogar com essas realidades: Como garantir espaço de brincadeira e não só de atividade lúdica? No decorrer desse artigo, buscaremos levantar algumas proposições a luz dos escritos de Benjamin e Bakhtin e contribuições de nossa prática em turmas de pré-escola. Brougère (2010) nos conduz para a reflexão da brincadeira, tendo a cultura como ponto primordial nas relações entre as crianças e os brinquedos e também nas relações entre as crianças, os brinquedos e os adultos.
Nossa proposta é refletir sobre o que é atividade lúdica e o que é brincadeira, sua importância e seus objetivos no cotidiano das crianças no espaço escolar. A partir daí, pensar como podemos garantir espaços de brincadeira e de atividades lúdicas nessa rotina e verificarmos as diferenças sobre como é proposto o brincar nas unidades de educação infantil de diferentes redes de ensino.
Através desta reflexão sobre as práticas pedagógicas observadas em unidades de
Educação Infantil das Redes Públicas das quais fazemos parte, promover um intrínseco debate sobre a importância do brinquedo e do brincar como forma de potencializar a cultura infantil, seus saberes, seus símbolos e seus modos de significar e ressignificar o mundo. Procurando tecer, à luz dos referenciais teóricos debatidos em aula, toda gama de práticas pedagógicas, fazemos pontes significativas entre a cultura da infância e a cultura escolar. Buscamos evidenciar em quais momentos a cultura escolar prevalece engessando a rotina, a ludicidade e o cotidiano no âmbito das salas de aula de