Renascimento, maneirismo e barroco italiano

Beatriz Alineri Pauli
Unesp Bauru
RENASCIMENTO
O Renascimento se passou na Itália, ao longo de mais de um século. No período (séculos XV e XVI), houve a abertura de rotas comerciais com o Oriente, surgimento de bancos, assimilação de conhecimentos novos e antigos, a invenção dos tipos móveis, e a invenção da perspectiva. Surgem os “mecenas”, capitalistas que se interessavam por arte e bancavam a carreira de vários tipos de artistas. Isso fez com que surgissem muitas gerações de artistas excepcionais nessa época. A redescoberta da arquitetura da Antiguidade Clássica provoca o desejo de recriar as glórias e o mundo do período. A arquitetura se torna uma ciência matemática, harmônica e perfeita, seguindo os padrões da era romana. O espaço era mais concreto, ao invés de espiritualizado, e buscava tornar acessível a todos os homens a ordem divina. Os temas da perspectiva e da proporção se tornam muito importantes. A imprensa faz surgir os livros, o que faz com que o conhecimento não seja mais restrito ao clero, e isso leva à ortodoxia católica, e mais tarde à Reforma Católica e ao surgimento da Igreja Protestante. O homem torna a ser a medida de todas as coisas, e há um forte antropocentrismo na época. A Igreja não estava satisfeita com a ideia de que o pensamento artístico era baseado no paganismo e na ciência, então os artistas do Renascimento conseguiram a harmonia dizendo que se o Homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, o artista estava fazendo ao mesmo tempo uma obra cósmica e humana. O homem se torna o substituto do próprio Deus. Foram publicados muitos tratados, entre eles o de Alberti, um dos mais importantes e influentes. Mostrava as proporções ideais de um edifício em decorrência dos elementos arquitetônicos, como o quadrado, o cubo, o círculo, a esfera. Era a retomada do princípio de beleza da antiguidade clássica. As ideias começaram a se disseminar. Os projetos arquitetônicos agora tinham plantas, cortes, elevações, escala, etc. O