pedagoga
Brinquedo e Cultura de Gilles Brougère.
Ana Laura de Paula Araujo.
Para realizar nosso Estudo Independente obtivemos orientação e recomendação da Professora, o livro “Brinquedo e Cultura de Gilles Brougère”, para complementar o tema de nosso Portfólio: “A ludicidade na espécie humana”.
Gilles Brougère é formado em Filosofia e Antropologia, é mestre de conferencias e diretor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade de Paris - Norte, o qual dirige um programa de formação único na França, consagrado à relação entre brincadeira, brinquedo, educação e a Pedagogia pré-escolar. Nos últimos anos vem desenvolvendo trabalhos de orientação acadêmica e pesquisas no Brasil junto à Faculdade de Educação da USP.
O livro Brinquedo e Cultura de Gilles Brougère da Editora Cortez, foi escrito em 1995 contendo 7 capítulos e busca discutir a relação entre a brincadeira e a cultura, e tenta compreender o funcionamento social e simbólico do brinquedo. Brougère relata que a brincadeira, entendida em seu aspecto livre ou sob a forma de jogo com regras, possui uma função simbólica e funcional: “... elas se fundem, o valor simbólico é a função” (p. 14). A brincadeira só existe na liberdade que a criança tem de iniciativa, opinião compartilhada por Vygotsky, que acredita na atividade imaginária como critério de diferenciação do brincar em relação a outras atividades realizadas pelas crianças.
As crianças entram em contato o tempo todo, durante a brincadeira, com signos produzidos pela cultura à qual pertencem. No brinquedo a imagem possui um papel importante, principalmente quando a relacionamos com a função, o significado, a construção, a industrialização ou a representação, todos estes pontos estão relacionados, e a imagem assume uma posição central.
... a imagem do brinquedo não é qualquer imagem: ela deve ser manipulável no interior da atividade lúdica da criança e corresponder à lógica da brincadeira e da expectativa daquele