Breve teoria da terapia
BREVE TEORIA DA TERAPIA
Tendo delineado a orientação geral de nossos pensamentos, e definido as noções teóricas fundamentais, podemos passar sem outro preâmbulo ao enunciado das proposições que constituem o arcabouço de nosso sistema teórico. Estas proposições são formuladas de modo conciso e devem ser entendidas num sentido estrito. As proposições "formais" são precedidas de um número de ordem o que permitirá ao leitor distingui-las facilmente do texto comum, destinado a comentários e a outras explicações de caráter menos rigoroso, e menos verificável experimentalmente. As noções essenciais de cada proposição formal estão impressas em negrito e foram definidas no capitulo anterior. Convém, pois, compreendê-las neste sentido preciso. Os números de ordem que precedem as proposições formais estão agrupados, além disto, em categorias indicadas pelas letras maiúsculas A, B, C, etc. Isto nos permite enviar o leitor a uma ou outra proposição, com a orientação de letras e de a1garismos (por exemplo, I, A1 II, B3, etc.). O algarismo romano que precede a maiúscula designa os ramos essenciais de nossa teoria (cfr p. 191, p. 204, p. 219, p. 223). .É assim que o leitor deve interpretar as formas abreviadas nas páginas seguintes (cfr. p. 199,202,etc.).
Comecemos pela parte central de nosso sistema, a que tem suas raízes diretamente em nossa experiência de terapeutas.
I. Teoria da terapia e da modificação da personalidade
Notemos, inicialmente, que esta teoria é de ordem condicional. Enuncia-se segundo a seguinte fórmula: se são dadas certas condições (variáveis independentes), então um processo determinado (variável de pendente) se produzirá. Se este processo (transformado em variável independente) se produz, então certas modificações da personalidade e