Breve contexto das guerras mundiais
1° Guerra Mundial (1914-1918)
A Primeira Guerra Mundial pôs fim à belle époque, nome dado aos primeiros anos do século XX, que teriam sido felizes e despreocupados. Quando se fala em belle époque tem-se em vista os privilegiados da fortuna, a gozar as custosas amenidades das grandes cidades, particularmente Paris. O fato é que também o europeu comum já desfrutava de melhores condições de vida e tinha esperanças de dias ainda melhores, trazidos pela Revolução Industrial e pelas transformações sociais. Mas havia acontecimentos a apontar em sentido contrário, o que fez eclodir a guerra (Araripe, 2006).
A eclosão da guerra foi resultado de uma série de eventos menores que envolviam disputas comerciais, territoriais e militares. Eventos estes que são: Imperialismo europeu, revanchismo francês, explosão de nacionalismos (pan-germanismo, pan-eslavismo), crise no Marrocos e crise nos Bálcãs.
O imperialismo europeu foi a busca incessante por novos mercados consumidores e por áreas de influência, levando assim as potências europeias a dominarem e partilharem entre si a África e a Ásia. Entretanto, essa busca aumentou as tensões diplomáticas entre países europeus, não impedindo os conflitos imperialistas de interesse, mesmo tendo tratados entre si que constantemente eram quebrados.
O revanchismo francês desenvolveu-se em 1870, onde a França derrotada teve que ceder às regiões da Alsácia-Lorena, que era rica em carvão e minério de ferro. Desde então foi nutrido um sentimento de revolta e desejo de vingança contra a Alemanha.
A explosão dos nacionalismos desenvolveu-se diferentemente nos países imperialistas, que derivava de cada situação por eles vivida. Para ampliar a disputa de fronteiras e o imperialismo, o nacionalismo foi explorado através do pan-germanismo (acordo que propõe a consolidação de países de origem germânica, liderados pela Alemanha); do pan-eslavismo (acordo que defende a união de todos os países de