Recensão - era dos extremos
Eric Jonh Ernest Hobsbawm foi um historiador marxista de nacionalidade Britânica reconhecido internacionalmente. Nasceu a 9 de Junho de 1917 em Alexandria e morreu a 1 de Outubro de 2012. A sua educação passou pelo King´s College e a Universidade de Cambridge, onde mais tarde foi professor de História. Ao longo da sua vida foi sempre membro do partido comunista britânico.
Irei agora debruçar-me sobre uma das suas obras que ganhou grande prestígio junto a outros historiadores – “A Era dos Extremos” – que retracta acontecimentos que nos ajudam a compreender e a explicar o mundo do Breve Século XX. Ao longo da obra o autor acumula opiniões e preconceitos sobre a época, mas mais como contemporâneo do que estudioso do século; faz inúmeras questões, muitas delas demonstram “ignorância” por parte de Hobsbawm e defende opiniões polémicas.
O Breve Século XX inicia-se com a eclosão da Primeira Guerra Mundial ao colapso da URSS que se subdivide em três partes: a primeira, “Era da Catástrofe” que caracteriza as duas grandes guerras, revoluções, colapsos na economia mundial e um quase desaparecimento de instituições da democracia liberal, à excepção de uma parte da Europa, da América do Norte e da Áustria. É difícil compreender o século XX sem compreender primeiro as duas grandes guerras e o que elas inauguraram. Sabemos então que foram de caracter catastrófico e que se diferenciaram de muitas outras do passado através de questões industrial-tecnológica (e não só) que possibilitou uma “guerra em massas” e que contou com o envolvimento de muitas populações civis. Ao nível da industrialização somente a Europa, EUA e Japão, no início do século, atingiram uma alta produtividade do trabalho, reservas de mão-de-obra e actividades agrícolas liberais de sazonalidade. “Se por um lado as duas grandes guerras