Breve análise do mercado de rap nacional
O RAP é um movimento artístico musical, integrante do movimento Hip Hop. O movimento Hip Hop abrange várias atividades culturais, como o grafite e a dança break, e surgiu na década de 1960, na Jamaica. Na década de 1970 foi levado aos E.U.A. onde conquistou grande destaque nos bairros periféricos, como Bronx e Brooklin, em Nova Iorque. Só chegou ao Brasil na década de 1980. O primeiro álbum de RAP lançado no Brasil foi o “HIP HOP Cultura de Rua”, em 1988, uma coletânea de músicas de vários artistas, como o Thaíde, que no ano seguinte lançou o primeiro álbum de grande sucesso no RAP nacional, “Pergunte a quem conhece”. Já o primeiro grande álbum a levar o RAP da periferia foi o “Raio-X do Brasil”, do grupo Racionais Mc’s, de 1993. O álbum “Juventude e Atitude”, de 1995, colocou o Facção Central entre os grandes nomes da música nacional, ao retratar a realidade da periferia de uma maneira mais explicita. Em 1997, o Racionais Mc’s lançou o álbum “Sobrevivendo no Inferno”, mais vendido da história do RAP nacional, com mais de um milhão e quinhentas mil cópias vendidas. Contexto Social das Músicas
Nos E.U.A. surge um estilo de RAP, conhecido como Gangsta RAP marcado por retratar a realidade dos jovens negros na periferia e pela violência das letras. No Brasil os precursores deste estilo, e principais nomes, são os grupos Facção Central e Racionais Mc’s. Ambos conquistaram grande admiração por parte da periferia, mas sofreram com o preconceito dos setores mais altos da sociedade.
O RAP passou então a ser reconhecido por suas letras de denúncia as opressões sofridas pelos negros pobres de periferia. Algumas músicas inclusive falam sobre drogas e atividades criminosas, sendo muitas vezes considerada pela mídia como apologia a atividades ilícitas. Como no caso de censura ao álbum “Versos Sangrentos” do grupo Facção Central, de 1999, que teve suas vendas suspensas e clipes proibidos de serem veiculados.
Produto de mercado ou liberdade