Braverman
Degradação do Trabalho: “Trabalho e Capital Monopolista”
Apresentação
Trabalho e capital monopolista descreveu, como poucos as condições de trabalho em que a economia de países ricos era predominantemente industrial. O autor para escrever a obra contou além do seu conhecimento, mas também com o conhecimento das obras de Marx, denunciada pela utilização de categorias marxistas como “mais-valia”, “trabalho produtivo” e “trabalho improdutivo”, “divisão do trabalho”, a “relação homem-máquina” e pela linha metodológica evidentemente dialética. Braverman partindo de experiências próprias foi instigado a identificar na relação entre trabalho e capital uma tendência de monopolização do mercado de trabalho. Descreve a gigantesca máquina de controle do trabalho, impulsionada, sobretudo, pela competição por custos de trabalho decrescentes - dotada de grande capacidade de controle sobre o trabalho. Dessas forma seu trabalho retoma a categoria trabalho como elemento central para a pesquisa social e propõe o deslocamento da perspectiva gerencial então dominante na sociologia industrial e do trabalho, sobre as classes trabalhadoras. Novas formas de trabalho emergiam e colocavam em questão a legislação trabalhista, a organização do estado, a concorrência entre mercados e, principalmente, o perfil do trabalhador e os sindicatos.
Marxistas deixaram de refletir sobre as minúcias da relação no processo de trabalho e, ao contrário, refletiam sobre monopólio, imperialismo, nacionalismo, crises e paradas do capitalismo e problemas na transição do capitalismo para o comunismo. Braverman reconhece o mérito do capital, porque atribui a falta de resistência à adoção de métodos capazes de controlar a classe trabalhadora no seu ambiente de trabalho.
“Degradação do trabalho” em Braverman
“[...] a moderna tendência do trabalho, por sua dispensa de cérebros e pela burocratização está ‘alienando’ setores cada vez mais amplos da população