Brasilia

B R A SÍ L I A

Brasília foi pensada, uma experiência limite para a arquitetura brasileira e para o pensamento urbano internacional.
Brasília veio preencher uma longa série de expectativas que se dissiparam, foi o sonho que se tornou pesadelo.
Brasília surgiu no mesmo momento em que se produzia um duplo deslocamento no pensamento sobre a cidade e sobre a arquitetura e por essa razão permaneceu como um ponto cego para quase todas as correntes de flexão arquitetônico ou urbana até os anos 80, não porque o Brasil tivesse deixado de ser um país periférico e sim sua arquitetura havia obtido carta de cidadania internacional.
Não se tratava em absoluto de uma concessão retórica, mas da consciência de que Brasília interpelava, como produto avançado do pensamento moderno, todos aqueles que se preocupavam com o rumo da própria modernidade. Essa reinserção de Brasília sem compreender seus críticos contemporânea, também não é possível compreender a arquitetura moderna do século 20 sem compreender Brasília.
Para os contemporâneos de Brasília era muito claro que nessas questões se enraizavam a força e a originalidade da capital.
A ideia dos países latino- americanos como lugares de ditaduras excêntricas, capazes, entre outras, de erguer uma cidade completa no deserto.
De todo modo, neste processo de transformação do pensamento sobre a modernidade há uma constante: Brasília foi, para a crítica internacional durante todo esse período, um tema do debate arquitetônica: mais especificamente, uma peça no destino da arquitetura moderna, mantendo-se afastada de todo contato com os temas e desenvolvimentos da planificação urbana.
Como primeiro e ultimo exemplo de uma cidade completa produzida a partir da cultura arquitetônica , Brasília nunca transpôs essa fronteira no debate internacional, Brasília era definida como uma teoria do desenvolvimento pensada como elemento motor, não só da economia mas também da psicóloga nacional brasileira.
Junto com sua redução à