Brasil
No início do século XX a ideia defendida no Brasil era a ideia da modernização, iniciou-se com a ruptura de alguns costumes coloniais, abolição da escravatura, queda da monarquia, agora era necessário reformular o espaço urbano e disciplinar a população.
A cidade do Rio de Janeiro, como capital do país passou por grandes transformações estimuladas principalmente pelos interesses e valores da classe dominante daquele período que tinham as reformas urbanas realizadas em Paris como modelo.
Além disso, a cidade era tomada por uma série de problemas de ordem sanitária e urbana como a sujeira, a pobreza, a miséria, a degenerescência, a raça, as enfermidades, a proximidade, o uso conjunto de espaços comuns se tornaram causas inadiáveis, a necessidade de se melhorar a cidade se fazia cada vez mais urgente.
Em meio a essa desorganização existia distintas pessoas que residiam em prédios, casas e cortiços no centro da cidade em precária situação, essas áreas eram vistas como território de “classes perigosas” pela classe dominante, esse preconceito se refletiu na organização da cidade, onde a modernização e as reformas urbanas foram impostas pelas autoridades de maneira autoritária e conservadora, suas estratégias de controle eram violentas e excludentes, a presença popular no centro da cidade foi combatida.
Esses fatores em conjunto influenciaram, com maior ou menor intensidade, a realização das reformas, iniciando-se com a demolição das residências localizadas principalmente no centro da cidade e ainda medidas sanitárias impostas a essa população, suas casas eram invadidas e eram obrigados a se vacinarem, onde suas tradições de cura, práticas