Brasil
Sérgio Buarque De Holanda
Sérgio Buarque De Holanda nasceu em 1902, em São Paulo, e faleceu em 1982. Era filho de um migrante pernambucano com formação na área de saúde, teve provavelmente uma vida modesta, talvez o essencial, sem passar falta, sofreu com o autoritarismo paterno. Sérgio B. De Holanda levou uma vida, sobretudo urbana, sem as desvantagens do isolamento rural e assim teve uma formação escolar formal e regular. Sua formação superior foi em direito, embora não tenha exercido a profissão de inicio. Era boêmio, vivia em rodas de amigos intelectuais pelos bares, e com isso começou a sua carreira como critico literário e jornalista. Tornou- se funcionário publico: professor da Escola de Sociologia e Politica, de 1947 a 1955, e da Universidade de São Paulo, de 1958 a 1969, e também escreveu vários livros importantes. Publicada em 1936, "Raízes do Brasil" aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira. O texto consiste de uma macro interpretação do processo de formação da sociedade brasileira. A tese central é a de que o legado personalista da experiência colonial constituía um obstáculo, a ser vencido, para o estabelecimento da democracia política no Brasil. Destaca, nesse sentido, a importância da herança cultural da colonização portuguesa do Brasil e a dinâmica dos arranjos e adaptações que marcaram as transferências culturais de Portugal para a sua colônia americana. O livro foi escrito na forma de um longo ensaio histórico. Na sua obra, Sérgio Buarque buscou na história colonial as origens dos problemas nacionais. Ele descreveu o brasileiro como um “homem cordial”, isto é, que age pelo coração e pelo sentimento, preferindo as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais. O Brasil Colônia é visto por Sérgio Buarque como tendo pouca organização social, daí o recurso frequente à violência e ao domínio personalista. A escravidão desvalorizou o trabalho e favoreceu aventureiros que