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Para um Brasil melhor ele precisa acreditar na ideia de que, com o aperfeiçoamento de sua jovem democracia, saberá descobrir, por si mesmo, do que precisa. Diminuindo a desigualdade social ainda somos um dos países de pior distribuição de renda no planeta, em poucos lugares há tanta diferença entre ricos e pobres. Aumentando o salário dos professores o Brasil irá melhorar muito a qualidade do ensino, especialmente do ensino público ter Internet nas escolas, boas bibliotecas e bons prédios são importantes, mas o que mais determina a boa qualidade do ensino são os bons professores, que só existirão se profissionais competentes e preparados pensarem que pode ser uma boa ideia ensinar. Para quem já tem emprego, o que comer e onde morar, o pior do Brasil é a violência, o medo de sair na rua, à insônia pensando se os filhos vão chegar bem em casa.
Os assassinados e os assassinos são, em sua imensa maioria, pobres e jovens, quase adultos abandonados por suas famílias e pelo Estado, sem educação, profissão ou esperança de um futuro melhor do que lhes possa proporcionar uma arma. Fazer política, acreditar na política. Cresce, especialmente entre os jovens, a ideia inteiramente falsa de que todos os políticos são picaretas, que política não serve para nada e que todos são iguais. Com uma oposição melhor que apresente alguma ideia, boa ou ruim que seja. Ideias ruins também podem apontar caminhos, ao negá-las afirmamos algo. Respeitar a diversidade religiosa, mas coibir a exploração da fé. É indecente que mistificadores enriqueçam a custa da fé e da miséria alheia. Mais cultura para começar, melhorando a qualidade da educação e aumentando muito o investimento na produção e difusão cultural e também na preservação do patrimônio histórico. Mais funcionários públicos qualificados e bem remunerados.
O Brasil precisa acreditar na ideia de que, com o aperfeiçoamento de sua jovem democracia, saberá descobrir, por si mesmo, do que precisa.