Brasil E Cuba

Brasil e Cuba se aproximaram em 1906 tendo suas relações estabelecidas ainda no período da República Velha. Houve período de extrema vulnerabilidade em tais relações visto que o Governo de Fulgêncio Batista foi derrubado durante a revolução Cubana em 1959. Como Cuba era considerada um país de extremo interesse até mesmo devido aos incentivos do governo norte-americano tal revolução gerou um verdadeiro desconforto devido a aproximação entre CUBA e URSS. O Brasil reconheceu o governo de Fidel Castro, formado após a Revolução Cubana em 1959, e se absteve na votação que expulsou Cuba da Organização dos Estados Americanos em 1962. Em 1964, houve o rompimento das relações devido ao golpe de estado no Brasil, sendo restabelecidas em 14 de junho de 1986, após a redemocratização do Brasil, já que o governo militar considerava os comunistas subversivos. Em 1992, no governo Fernando Collor, houve uma tentativa de trocar votos em eleições para postos em organizações internacionais. A prática, como a Folha de São Paulo mostrou em 2011, continuou no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), sob o qual o Brasil também fechou parcerias e intercâmbios com Cuba.
Nos últimos anos, Brasil e Cuba estreitaram laços fortalecidos por uma natural sintonia entre os governos. Como resultado, o intercâmbio comercial entre os dois países cresceu quase sete vezes, passando de US$ 92 milhões em 2003 para US$ 625 milhões em 2013. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial de Cuba, após a China e a Venezuela. O ápice das relações entre os dois países veio com a construção do porto de Mariel, obra tocada em grande parte pela brasileira Odebrecht a um custo de US$ 975 milhões e financiada com dinheiro do BNDES.
Um dos pontos alvos de críticas é o fato que a empresa Odebrecht foi citada nos acordos de delação premiada da Operação Lava-Jato da Polícia Federal Brasileira, devido ao fato de supervalorizar suas obras e de vencer as licitações com propinas integrando o famoso “CLUBE”.