Opnião do brasil sobre a volta de cuba à oea
907 palavras
4 páginas
Em função do seu regime comunista, Cuba ocupa o centro de boa parte dos conflitos diplomáticos do Continente. Durante a Revolução Cubana de 1959 a grande potencia estadunidense patrocinou uma tentativa fracassada de invasão da ilha e acabou submetendo o povo cubano a um bloqueio econômico que dura mais de meio século. O Brasil chegou a manter uma posição baseada nos princípios de não intervenção e autodeterminação respeitando o governo de Fidel Castro mas em 1994 as relações diplomáticas do Brasil com Cuba foram rompidas devido ao reflexo da pressão doméstica das forças militares, pró-americanas e de direita, unidas pela eliminação de quaisquer atritos com os Estados Unidos, embora houvesse resistência do Itamaraty. Foi um ato acompanhado da acusação oficial de que Cuba estaria interferindo em assuntos internos por meio de uma aliança com grupos marxistas brasileiros. Assim a decisão se justificou pelo argumento ideológico, onde a escolha marxista de Cuba teria o excluído. O Brasil aplicou as devidas sanções do artigo 8 do Tratado do Rio mas se manteve contra ações militares. Assim o Brasil acabou colaborando com a estratégia dos Estados Unidos de isolar Cuba. Posição que se manteve durante todos os governos militares. A partir do governo de Figueiredo (1979-1985), iniciou-se os primeiros passos, embora lentos devido a oposição no Conselho de Segurança Nacional e do Congresso , para a normalização das relações com Cuba. Foi no governo de Sarney que se restabeleceram as relações diplomáticas entre Brasil e Cuba que desde então vem crescendo no âmbito político e econômico, ganhando um considerado impulso no governo de Lula (2002-2012). Atualmente o Brasil se destaca como maior economia da América do Sul, o que demanda atenção de outras potencias. Busca conquistar liderança própria, e para um pais ser forte politicamente é preciso uma boa base econômica que aumente sua posição e sustente um poder