Brasil: politica universalista
Andressa Caroline
Ariane Oliveira
Karen Lopes
Patryck Garbazza
O início do século XXI é marcado por acontecimentos nos planos internacional e doméstico que favoreceram a dimensão do Atlântico Sul nas políticas externa e de defesa do Brasil. No Brasil, o governo Lula foi buscou enriquecer as relações Sul-Sul. A agenda aproximou o Brasil da África, com a construção de alianças, como o G-3 (Brasil, Índia e África do Sul) e o G-20, constituído por países que defendiam interesses agrícolas nas negociações na OMC. A política externa brasileira procurava associar desenvolvimento social e econômico com a segurança internacional. E mantinha no discurso diplomático a necessidade de reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em sintonia com o contexto internacional pós 11/09, o Brasil, no âmbito do Atlântico Sul, atribui prioridade especial aos países da África Austral e aos de língua portuguesa, buscando aprofundar seus laços com esses países. A intensificação da cooperação e do comércio com países africanos também se insere na estratégia de consolidar o Atlântico Sul como região de sua influência. Sendo a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul que é composta, essencialmente, pelos países do litoral oeste da África, o principal meio dessa relação. Essa política de aproximação com a costa africana implica interesses ambiciosos por parte do Brasil, como busca por apoio à sua candidatura a membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e até mesmo extensão de seus negócios, vide o interesse da Petrobras em países como Angola, Líbia, Nigéria e Tanzânia. Surge assim o questionamento: até que ponto a cooperação brasileira na manutenção da segurança, não só armada como ambiental e social dos países do oeste africano