Brasil na primeira guerra mundial
Brasil na Primeira Guerra Mundial
O Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) tinha uma posição respaldada pela Convenção de Haia, mantendo-se inicialmenteneutro, buscando não restringir o mercado a seus produtos de exportação, principalmente o café. Foi o único país latino-americano que participou da Primeira Guerra Mundial.
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Fase inicial
O Brasil oficialmente declarou neutralidade em 4 de agosto de 1914. Desta forma, somente um navio brasileiro, o Rio Branco, foi afundado por um submarino alemão nos primeiros anos da guerra em 3 de maio de 1916, mas este estava em águas restritas, operando a serviço inglês e com a maior parte de sua tripulação sendo composta por noruegueses, de forma que, apesar da comoção nacional que o fato gerou, não poderia ser considerado como um ataque ilegal dos alemães.
No início da guerra, apesar de neutro, o Brasil enfrentava uma situação social e econômica complicada. A sua economia era basicamente fundamentada na exportação de apenas um produto agrícola, o café. Como este não era essencial, suas exportações (e as rendasalfandegárias, a principal fonte de recursos do governo) diminuíram com o conflito. Isto se acentuou mais com o bloqueio alemão e, depois, com a proibição à importação de café feita pela Inglaterra em 1917, que passou a considerar o espaço de carga nos navios necessário para produtos mais vitais, haja vista as grandes perdas causadas pelos afundamentos de navios mercantes pelos alemães.
As relações entre Brasil e o Império Alemão foram abaladas pela decisão alemã de autorizar seus submarinos a afundar qualquer navio que entrasse nas zonas de bloqueio. No dia 5 de abril de 1917 o vapor brasileiro Paraná, um dos maiores navios da marinha mercante (4.466toneladas), carregado de café, navegando de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi torpedeado por um submarino alemão amilhas do cabo Barfleur, na