Brasil na Crise da Escravidão
- O café suplanta o açúcar:
Colonizado por Portugal, o Brasil tornou-se produtor de artigos tropicais para exportação, sobretudo o açúcar. A “grande lavoura” era descrita em suas características básicas: latifúndio, monocultura e escravidão. Esse modelo econômico seria autossuficiente, produzindo alimentos necessários para sustentar os proprietários e os escravos. O único produto a suplantar o açúcar na pauta de exportação foi o café, mas só no século XIX, e baseado nos mesmos princípios da “grande lavoura”. Mantinha-se portanto a “maldição” da colônia, com o café sendo a pedra de toque da economia brasileira pelo século XX adentro.
- Quilombos:
No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.
Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas, costumavam pegaralimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões próximas; situação que incomodava os habitantes.
Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os