Brasil na crise da escravidao
O açúcar reinou no período colonial brasileiro, produzido com mão-de-obra escrava e no sistema de plantation. Isso mudou quando os europeus começaram a ter o hábito de consumir o café.
A grande demanda de café fez com que novas áreas de cultivo surgissem em várias partes do mundo, os cafezais, então, também se espalharam no Brasil e sua produção crescer majestosamente.
A lavoura precisa de solo adequado e clima favorável, o que existiam no Vale do Paraíba fluminense e paulista. Quando a Corte portuguesa veio para o Brasil, as terras do Vale foram concedidas aos novos produtores de cafés em regime de sesmarias. Detendo o título legal da propriedade da terra, os novos cafeicultores investiram contra os antigos posseiros e venceram, formando grandes unidades cafeicultoras destinadas à exportação. A Essa agricultura era extensiva, consumia terras e trabalhadores escravos.
A década de 1860 foi o auge do café no Vale do Paraíba fluminense, mas os cafezais foram envelhecendo e diminuiu a quantidade de terras aptas a novo plantio, mas a produção continuou no vale paulista. O café produzido no Vale foi responsável pela maior parte das riquezas do império, de 1830 até 1880.
No final do século, o Vale se tornou um lugar de “cidades mortas”, de decadentes cafezais e de nobres falidos. Isso simbolizou o próprio declínio do Império.
A produção de café não parou e em meados do século XIX, novas fazendas foram instaladas no Oeste paulista, onde existiam a fértil “terra roxa”, os cafezais também chegaram a Minas Gerais e Espírito Santo.
Essa ocupação ocorreu depois da proibição do tráfico atlântico de escravos, em áreas pouco exploradas e sem via de comunicação, o que estimulou a construção de ferrovias em São Paulo.
Nessa época vieram para o Brasil escravos da África centro-ocidental, ocidental e oriental, onde predominavam os centro-ocidentais. Enquanto o tráfico durou, os crioulos (nascidos no Brasil) eram minoria, pois sabiam falar o