Brasil Colonia
O Pau Brasil D. Sebastião determinou em 1568 a circulação de moedas portuguesas na nova terra descoberta, promovendo a integração entre a América Portuguesa e o império de Portugal. Começava ali a história da moeda no Brasil. Muito antes da chegada de Cabral às terras ameríndias, os europeus já conheciam o pau-brasil, de cujo cerne avermelhado, cor de brasa, extraía um corante com que se tingiam panos. Era trazido das Índias pelos árabes, que auferiam grandes lucros nessa empresa, já que a cor vermelha dos tecidos, durante muitas décadas reservada aos eclesiásticos, entrara na preferência do vestuário burguês.
A cana-de-açúcar A Coroa portuguesa não dispunha de recursos suficientes para uma exploração mais aprofundada do território descoberto. O regime de capitanias, que obrigava seus donatários a promover o desbravamento das terras interiores, só excepcionalmente correspondeu a esse fim. Mas serviu para promover a fixação do colonizador à terra descoberta ao nela se desenvolver a prática da agricultura, mormente com o cultivo da cana-de-açúcar, cujo rendimento começava a ser mais importante do que o auferido com a exportação do pau-brasil. O beneficiamento da cana-de-açúcar colocou os portugueses em posição privilegiada no suprimento do produto, a ponto mesmo de quebrar o monopólio dos venezianos, que até então eram os grandes fornecedores, principalmente a Flandres, que o distribuía aos demais países europeus. Com a união das coroas de Portugal e Espanha, os flamengos, já possuidores de tecnologia e recursos para a ampla comercialização do produto, aproveitando-se da fragilidade portuguesa, invadem, em 1630, as capitanias do nordeste brasileiro, passando a dominar assim todo o ciclo da economia açucareira.
As Minas Gerais A crise açucareira levou a Coroa portuguesa a intensificar a busca de metais preciosos. Já era certa sua existência nestas terras, evidente nas pepitas que nos apareciam aluviões. Desde 1629 que os bandeirantes,