BRASIL, CIDADES – ALTERNATIVAS PARA A CRISE URBANA
O Brasil intensifica seu processo de urbanização na segunda metade do século XX. As reformas urbanas realizadas em diversas cidades brasileiras entre o final do século XIX e início do século XX, lançaram as bases de um urbanismo moderno. Realizavam-se obras de saneamento básico para eliminação das epidemias, ao mesmo tempo em que se promovia embelezamento paisagístico.
A economia manteve seu epicentro no setor agrário exportador até 1930, quanto ocorre a “revolução burguesa”. O Estado passa a investir na indústria com a intenção de substituir a importação. A burguesia industrial assume a hegemonia política sem ruptura com os interesses estabelecidos pela maioria. É um processo de urbanização com raízes da sociedade colonial.
Em 1950 o processo de industrialização entra em nova etapa. O país passa a produzir bens duráveis e até mesmo bens de produção. A indústria fordista, que produzia inúmeros eletrodomésticos e bens eletrônicos promoveram significativas mudanças no modo de vida do consumidor. A massificação desses produtos mudaram radicalmente os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído.
Os eletrodomésticos modernos passaram a ocupar lugares onde a pré-modernidade sempre foi marcante, como a moradia e bairros da periferia. A riqueza gerada no processo de crescimento do PIB, de 1940 a 1980, permaneceu bastante concentrada, embora mesmo com a concentração da renda, o alto grau do crescimento econômico tenha influído na melhoria de vida de toda a população, especialmente aquela que abandonou o campo buscando melhores oportunidades nas cidades.
A drenagem de recursos financeiros para o mercado habitacional a partir de 1964, em uma escala nunca vista no país, ocasionou a mudança no perfil das grandes cidades, com a verticalização promovida pelos edifícios de apartamentos.
Como não houve medidas para conter