O processo de favelização das metropóles: foco crescimento das criminalidades
O nosso trabalho propõe interpretar a mudança qualitativa no tratamento do “problema favela” ocorrido nas décadas de 1980/1990, quando os projetos de remoção foram progressivamente substituídos por propostas pontuais de estruturação e formalização das comunidades. Apontar o crescimento absoluto e relativo da população residente em favelas no município do Rio de Janeiro.
Nas décadas de 1970 e 1980 a cidade do Rio de Janeiro apresenta uma queda significativa em seu ritmo de crescimento populacional: se ao longo dos anos 1970 havia crescido em torno de 2,57 % ao ano, na década seguinte o índice cai para 1,82 %. O fenômeno comum em todo o Brasil de esgotamento do crescimento das grandes cidades aparece no Rio de Janeiro ainda mais visível na última década do século XX, ao apresentar uma estabilização com crescimento irrisório, abaixo de um ponto percentual. Nas últimas décadas a expansão demográfica do Rio de Janeiro foi sempre acompanhada por um crescimento das favelas, num ritmo em média duas vezes maior que o restante da população. O significativo é que mesmo acompanhando a queda nos índices de crescimento populacional, a população das favelas continua a crescer e passou a abranger 17,57 % da população carioca em 1991, quando em 1980 totalizava
O primeiro aspecto a ser ressaltado é o esgotamento ou o fechamento da fronteira urbana do Rio de Janeiro e de sua região metropolitana. Com exceção daqueles terrenos que, graças aos elevados índices alcançados pelo preço da terra, estão seguros contra invasão e aguardando o melhor momento para investimento imobiliário, não há mais terreno livre disponível na cidade Esse esgotamento da fronteira é visível pelo índice de crescimento populacional das regiões mais afastadas do Centro do Rio, isto é, Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Campo Grande (todos da Zona Oeste) apareceram, nos anos de 1980 e na década de 1990 como alternativa e válvula de