Brasil 2014 - Espionagem Corporativa
Brasil 2014 - Espionagem Corporativa
Por Walter Felix Cardoso Junior wfelixcjr@uol.com.br Ideias iniciais
Este ensaio tem por finalidade básica chamar a atenção para o tema da espionagem corporativa, esclarecer e, talvez, orientar aqueles que operam profissionalmente na América
Latina e, em particular, no Brasil, para se ordenarem sobre a necessidade de autoproteção; não somente isso, mas de aplicarem de forma proativa atitudes defensivas que possam mitigar o risco de segurança das operações empresariais.
Eu analiso a vivência e a reorganização contemporânea do espaço econômico mundial como uma consequência, em grande parte, da controvertida concentração financeira que impactou seriamente os Estados Unidos da América, e a Europa, nos últimos anos, no contexto da atual conjuntura internacional, antítese do neoliberalismo disseminado pelos países do primeiro mundo até a grande crise de 2008. O fenômeno vem favorecendo a ascensão de potências geopolíticas regionais que, a cada dia, firmam o seu papel na globalidade pluripolar; dentre elas destaco o Brasil, embora com altos e baixos.
O Brasil vem assumindo, efetivamente, a postura de grande expoente, enquanto potência industrializada e emergente que se impõe como a maior da América Latina. Isso se dá, provavelmente, porque esta nação possui, praticamente, a metade do produto interno bruto regional, da população e da base física continental. Somente a cidade de São Paulo, maior metrópole brasileira, produz sozinha mais riqueza que os Estados de Israel, do Egito e do Chile, conforme dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2009, São Paulo ocupava a posição de quadragésima economia do Planeta1 e continua crescendo.
Há evidente e abundante circulação de capital especulativo no território, que pode torná-lo vulnerável, inclusive pela insistência de grupos clandestinos, na tentativa de exploração irracional de suas riquezas, do agronegócio à Amazônia e,