Bowlby vinculação
Psicologia do Desenvolvimento
Bowlby: “Apego à natureza do vínculo”
2010/2011
Trabalho realizado por: Diana Ruela 23908
Introdução
A maternidade foi desde sempre, tal como é hoje, indispensável à preservação da vida humana (Colman & Colman, 1994). Numa perspectiva desenvolvimental, a maternidade é considerada um período de desenvolvimento, que há semelhança das outras etapas desenvolvimentais, se caracteriza pela passagem por uma crise específica e pela necessidade de resolução de determinadas tarefas (Figueiredo, 2000).
A teoria da vinculação, com origem nos trabalhos de John Bowlby, contribuiu para a compreensão da origem e desenvolvimento dos padrões de relacionamento que se estabelecem ao longo da trajectória desenvolvimental, dando particular valor à primeira relação que a criança estabelece na infância com as figuras de vinculação (Feeney & Noller, 1996). A pessoa mais próxima ao bebé assume geralmente o papel de figura de vinculação, na medida em que proporciona a segurança e a protecção necessárias, nomeadamente para a exploração do meio (Ainsworth, 1982). Constitui-se como base segura, de onde o bebé parte para explorar e descobrir o mundo, mas onde regressa à procura de conforto e segurança quando se sente ameaçado ou em perigo (Holmes, 1993). A partir das interacções repetidas com a figura de vinculação, a criança vai desenvolvendo conhecimentos e expectativas sobre o modo como essa figura responde e é acessível aos seus pedidos de proximidade e protecção. Esta informação é progressivamente organizada em modelos internos dinâmicos, que são representações generalizadas do self, das figuras de vinculação e das relações (Soares, 2001).
Vários estudos têm mostrado como a qualidade da vinculação (segura versus insegura) interfere no comportamento e bem-estar dos indivíduos, em diversos momentos e vários