Bourdie
Para o autor a escola acaba sendo um ambiente de legitimação e reprodução da desigualdade social.
Ele observa que a maioria daqueles que, em diferentes fases do curso escolar, são excluídos dos estudos se eliminam antes mesmo de serem examinados e que a proporção daqueles cuja eliminação é mascarada pela seleção abertamente operada difere segundo as classes sociais.
Quando usamos como medidas as probabilidades de passagem ( calculadas a partir da proporção de alunos que, em cada classe social, ascendem a um nível dado do ensino, com êxito anterior equivalente), as desigualdades de classes são muito mais fortes do que quando medimos pelas probabilidades de êxito.Assim, com êxito igual, os alunos originários das classes populares têm mais oportunidades de “eliminar-se” do ensino secundário renunciando a entrar nele do que eleminar-se uma vez que tenham entrado nele ou do que eliminar-se através do exames.
Os que não se eliminam na passagem de um ciclo para outro têm mais oportunidades de entrar nas escolas que são mais fracas em ascender ao nível superior do curso.
Através do exame, tentam provar a falta de capacidade do individuo, para que se tenha uma visão de que o exame é a forma mais justa para classificar as pessoas, enquanto por trás de tudo as classes mais baixas são excluídas desde os primeiros anos de escola em função de seu capital cultural.
Portanto, pela analise do autor, o exame serve de certa forma, para “disfarçar” a falta de oportunidade que as classes mais baixas têm de ingressar em cursos superiores, pois aqueles que não têm êxito nos exames, são dados como incapazes por algo