Botoes de napoleao
Esse livro coloca a química como um fator importante em diversos momentos da história da humanidade. É uma mistura perfeita de química e cultura.
Escrito por uma dupla de cientistas franceses que recria saga da civilização inspirada em moléculas orgânicas conhece bem o assunto: Penny Le é professora de química no Capilano College, no Canadá, há mais de 30 anos. É autora de diversos cursos de educação à distância em química e recebeu o Prêmio Polysar de ensino de química em universidades canadenses. Jay Burreson, tem doutorado em química e trabalhou como químico industrial durante muitos anos. Recebeu uma bolsa especial dos Institutos Nacionais de Saúde para pesquisa de pós-doutorado em produtos naturais marinhos, na Universidade do Havaí.
O assunto desperta o interesse de químicos, historiadores e de todo leitor que tenha curiosidade em compreender como algo tão pequeno quanto uma molécula pode contribuir para desencadear processos de caráter político e econômico. Exemplo disso, foi o fascínio por especiarias que levou os exploradores portugueses encontrar rotas alternativas para Índia e comprar especiarias direto da fonte. O objetivo era quebrar o monopólio dos venezianos, que eram soberanos mundiais das especiarias e tiveram um controle quase que completo durante quatro séculos. Mas um dos resultados foi a descoberta de um novo mundo. A disputa pela noz-moscada resultou no tratado de Breda, de 1667, quando os holandeses trocaram com os ingleses sua posse da ilha de Manhattan por uma ilhota na Indonésia que dispunha das condições ideais para o cultivo da noz-moscada. E o que seria a Nova Amsterdã tornou-se o centro econômico do mundo atual, a cidade de Nova York. Tudo isso por causa das moléculas encontradas nas especiarias.
O açúcar, o ácido ascórbico, o ácido oleico do azeite e o sal, revolucionaram a alimentação européia; e o vício por moléculas como a morfina, nicotina e cafeína,