Borracha
O avanço mundial no consumo de produtos industrializados tem causado o aumento na geração de resíduos sólidos que produzem impactos ambientais graves e que representam um desafio para o gerenciamento do lixo em grandes cidades.
Os materiais poliméricos têm merecido atenção especial neste cenário, uma vez que os rejeitos pós-consumo e pós-industial destes materiais têm aumentado em quantidade e em proporção com relação a outros materiais como o vidro, metais e madeira.
A produção mundial de polímeros tem alcançado o nível de 150 milhões de toneladas por ano, com um crescimento aproximado de 5% ao ano. Por outro lado, a reciclagem não atinge 30% do volume total que é produzido.
Os polímeros elastoméricos, os quais são empregados em grande escala na indústria automotiva, são considerados de difícil reciclagem por apresentar estrutura química formada por ligações cruzadas que impedem a remodelagem do material por simples aquecimento. Devido a esta dificuldade, os rejeitos elastoméricos quase sempre são depositados em locais inadequados, causando uma série de problemas como o assoreamento de rios, a proliferação de insetos peçonhentos e a liberação de gases poluentes quando queimados.
A desvulcanização é um processo que tem sido estudado para a reciclagem mecânica de elastômeros, o qual é fundamentado na quebra das ligações cruzadas da borracha vulcanizada, recuperando a plasticidade e a capacidade de moldagem do material.
Os métodos de desvulcanização são classificados em térmicos, mecânicos, químicos, biológicos, por ultra-som, por micro-ondas, entre muitos outros que estão sendo desenvolvidos.
A desvulcanização por micro-ondas é um método que utiliza a energia eletromagnética para quebrar as ligações S-S e C-S em borrachas trituradas. Com a aplicação das microondas, a temperatura do material aumenta rapidamente, alcançando de 260 a 350ºC e as ligações cruzadas são rompidas preferencialmente. As borrachas recuperadas com esse método apresentam