Borracha
Material elástico e impermeável, a borracha tornou-se indispensável à indústria moderna, presente num sem-fim de produtos com os quais o homem convive em seu dia-a-dia.
A borracha natural é um produto resultante do processo de coagulação do látex, substância extraída de algumas árvores tropicais e semitropicais de várias famílias, como as euforbiáceas, sapotáceas, apocináceas, moráceas e compostas. Após a coagulação, obtida com a adição de ácido acético, forma-se um material elástico. A borracha sintética é obtida pela transformação química de hidrocarbonetos. Borracha regenerada é aquela produzida pelo aproveitamento, também por meio químico, de pneus, câmaras-de-ar e outros artigos desgastados pelo uso.
Dentre as espécies vegetais produtoras de látex, a mais importante economicamente é a seringueira (Hevea brasiliensis), mas existem outras plantas produtoras, como maniçoba, caucho e mangabeira. A seringueira é originária do Brasil e atualmente já existem projetos para o desenvolvimento de plantações que superem o aspecto pouco econômico da produção natural.
Descoberta da borracha. A borracha era conhecida dos nativos da Amazônia, mas somente nos séculos XVI e XVII viajantes europeus encontraram, em alguns países da América do Sul e da América Central, índios com o corpo coberto por um líquido leitoso obtido do corte de certas árvores. Alguns chegaram a ver índios brincando com bolas que "ao tocar o solo subiam a grande altura". Entretanto, foi o matemático e naturalista francês Charles-Marie de la Condamine, chefe de uma expedição científica francesa enviada à América do Sul, que se interessou, no Brasil, pelo látex e em 1740 enviou amostras para a Academia de Ciências da França.
Durante várias décadas após a descoberta de La Condamine, a borracha continuou sendo simples matéria-prima de artesanato rudimentar dos nativos, que, segundo o cientista, com ela fabricavam "garrafas, botas e bolas ocas, que se achatavam quando apertadas, mas que