BOMBAS INTELIGENTES
A despeito da precisão das bombas guiadas a laser, elas possuem uma séria restrição que ficou evidente na Primeira Guerra do Golfo, em 1990. Seu sistema de guiagem utiliza um apontador/designador de alvos, um feixe de laser que os ilumina para que o sensor os identifique.
Quando ocorrem problemas de visibilidade, esse sistema é prejudicado. As tempestades de areia e as negras torres de fumaça dos poços de petróleo iraquianos incendiados pelo Exército de Saddam Hussein foram alguns dos problemas enfrentados pelos pilotos.
Um novo tipo de guiagem baseado no GPS foi desenvolvido na forma de kits que se montam em artefatos convencionais, transformando as bombas “burras” em modernas bombas inteligentes, capazes de destruir um alvo com margem de erro de menos de dez metros e sem restrição de visibilidade. A primeira arma desse tipo foi a Joint Direct Attack Munition (JDAM), entregue em 1997 e desenvolvida pelo departamento de armamentos avançados da Boeing. O kit JDAM é composto por um sistema de navegação que recebe informação de satélites de GPS e outro de controle para que a bomba possa manobrar até o alvo.
O sistema JDAM é compatível com todas as bombas-padrão da série MK-80 e a bomba penetradora BLU-109 da Força Aérea dos Estados Unidos. Inicialmente, as bombas com sistema JDAM conseguiam uma margem de erro de menos de dez metros a um alcance de até 24 quilômetros. Porém, depois de um programa de modernização da Boeing, a JDAM ganhou uma versão chamada de LJDAM – o “L” vem de laser, sistema que foi integrado às JDAM, permitindo margem de erro de meros três metros do ponto de impacto previsto, e capaz até de destruir alvos em movimento.
Uma nova bomba planadora, conhecida como AGM-154 JSOW (Joint Standoff Weapon), tem como objetivo atingir alvos em maiores distâncias possíveis. Seu fabricante é a Raytheon, que também faz as bombas guiadas a laser Paveway. A JSOW possui asas retráteis e uma aerodinâmica que visa a um substancial aumento do