bom criolo

1950 palavras 8 páginas
Escola literária
Bom Crioulo (Adolfo Caminha) está inserido no Naturalismo, vertente realista que se preocupa em denunciar o perfil moral das criaturas em sociedade.
Os tipos humanos são retratados levando em conta o Determinismo, filosofia de H. Taine que observa estar o homem, de maneira inexorável, atrelado ¬ como resultado – à sua herança genética, ao seu meio social e ao seu momento histórico. Interessa a esta vertente realista focalizar as camadas mais baixas da sociedade, ressaltar os vícios humanos, principalmente os seus desvios sexuais, suas taras, homossexualismo e adultério.
As personagens são típicas: tipos. E podem ser encontradas em quaisquer lugares deste mundo: vis, mesquinhos, viciosos em seus hábitos, a maioria delas se parece com as criaturas que habitam este mundo.
Leia o trecho abaixo, de autoria da profa. Samira Youssef Campedelli, prefácio ao romance Bom-Crioulo, editado pela editora Ática, 2a. Edição, 1991:
“Para os naturalistas ( e Bom Criolo (Adolfo Caminha) foi um deles), o homem é um animal cujo destino é determinado pela hereditariedade, pelo efeito de seu meio ambiente e pelas pressões do momento.
Concepção deprimente esta: rouba do homem todo o seu livre-arbítrio, toda a responsabilidade pelos seus atos, que ficam apenas o resultado inescapável da força e das condições físicas além de seu controle…
Em ficção, o protagonista de um romance naturalista está, portanto, à mercê das circunstâncias e não de si mesmo ¬ ele parece, muitas vezes, não ter entidade própria, como se fosse teleguiado ou manejado qual um fantoche. Ele é objeto científico, de observação: cabe ao romancista desenvolver uma tese em torno do fato que o cerca.
Seja como for que se enfoque, o Naturalismo corresponde a uma tendência de época ¬ e já lá vão uns cem anos! – , que lhe outorgou a precisão e a objetividade científicas; a exatidão na descrição; o apelo à minúcia; o culto ao fato.
A frieza do narrador em relação às suas personagens responde à exigência

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