Bologia
A literatura científica é consensual no que diz respeito às adaptações fisiológicas e morfológicas das mitocôndrias, principalmente no que diz respeito ao aumento no número e tamanho (HOLLOSZY et al, 1971), e capacidade oxidativa (HOLLOSZY & COYLE, 1984; GREEN, et al, 1991; GREEN, et al, 1992; WIBOM, et al 1992; SPINA et al, 1996; PHILLIPS et al, 1996; STARRIT, ANGUS & HARGREAVES, 1999; LEEK, et al, 2001) ao treinamento de endurance. Estudos em modelos animais e humanos atestam essas adaptações (LAWLER et al, 1993; MCCALLISTER et al, 1997; SIU et al, 2003) Segundo Alberts (1987) "as mitocôndrias nunca são formadas de novo", são originadas pela divisão de uma já existente. A observação de células vivas indica que essas organelas não só se dividem como também se fundem umas às outras. "Em média, entretanto, cada organela deve dobrar a sua massa e então se dividir ao meio uma vez a cada geração celular". Assim: O número de organelas por célula pode ser regulado de acordo com a necessidade; um grande aumento do número de mitocôndrias (de cinco a até dez vezes), por exemplo, é observado se um músculo esquelético em repouso é repetidamente estimulado a se contrair por um período prolongado". È importante considerar as evidências que sugerem a existência de populações mitocondriais morfológica e bioquimicamente diferentes no músculo esquelético e cardíaco, com respostas diferenciadas ao treinamento de endurance (BIZEAU, WILLIS & HAZEL, 1998). Duas frações mitocondriais foram isoladas do músculo esquelético, a porção intermiofibrilar (IMF), localizada entre as miofibrilas, e a porção