Boaventura

SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 11 ed. Portugal: Afrontamento, 1999.

O resenhista retratou o texto conforme a sequência adotada pelo autor. Em um primeiro momento apresenta as linhas de raciocínio de Boaventura e destaca a visão do mesmo, contextualiza a resenha citando trechos da leitura ‘Um discurso sobre as ciências’ e se posiciona quanto ao questionamento interior em relação à ciência objetivando a reflexão. A resenha é divida conforme os paradigmas e sua evolução, tal qual a obra.
O primeiro paradigma é o paradigma dominante, resultante da revolução científica. Nele o conhecimento é visto apenas como um objeto racional, somente o que é mensurável e matematicamente comprovado é cientificamente verdadeiro. Mostra-se aqui a relação deste paradigma com as ciências naturais e os autores que o fundamentalizam: Copérnico, Kepler, Galileu, Newton, Bacon e Descartes. Outros pontos são brevemente citados, como por exemplo, a distinção entre o conhecimento científico e o senso comum, a experiência ordenada através do determinismo mecanicista e a matemática como instrumento de análise.
Depreende-se ainda neste padrão um tratamento especial às ciências sociais, estas são retratadas em duas linhas de discernimento, uma trata as ciências sociais como física social lhe aplicando os princípios das ciências naturais e a outra questiona que as ciências sociais devem ter tratamento próprio. Esta última vertente é a que inicia a ruptura do paradigma dominante e é bem pautável, pois o componente humano nem sempre pode ser medido com as mesmas variáveis rigorosas das ciências naturais. O resenhista conclui o paradigma dominante arrematando suas características e dela podemos observar a rigorosidade em determinar o que é ciência. No segundo momento é visto a crise do paradigma dominante, onde o resenhista destaca os marcos para esta crise, isto é fruto da evolução intelectual, da nova realidade e das indagações que surgiam causando grande