Boaventura
Seminário para Metodologia Econômica e Filosofia da Ciência
Turma: MA-8
Professor: Claudemir Galvani
Boaventura de Sousa Santos nasceu em 15 de novembro de 1940 em Coimbra, Portugal. Estudou na Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra, fez pós-graduação em Filosofia em Berlim e é doutor em Sociologia pela Universidade de Yale nos Estados Unidos.
Trabalha como professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É também diretor do Centro de Estudos Sociais e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.
Boaventura é um autor contemporâneo cujas teorias representam uma tentativa de superação ao paradigma teórico modernista e liberal. Em suas teses pode identificar-se duas características fundamentais:
Primeiro: O pós-modernismo na crítica à ciência formal, cujas teorias (Newton, Lavoisier e Darwin) datam do séc. XVIII/XIX e as instituições do período pós revolução industrial (Locke – propriedade privada, Smith – divisão social do trabalho, Marx - sindicalismo), este arcabouço teórico, que é pano de fundo da racionalização científica do conhecimento, é insuficiente epistemologicamente para lidar com sistemas complexos resultantes da relação entre agentes (teorias que superam os limites da relação agente – objeto), observável tanto na física e biologia quanto nas ciências sociais.
“As leis da ciência moderna são um tipo de causa formal que privilegia o como funciona das coisas em detrimento de qual o agente ou qual o fim das coisas, na ciência a determinação da causa formal obtêm-se com a expulsão da intenção.” (SANTOS, Boaventura:1988, p. 30)
Segundo: A crítica de Boaventura é também marxista, ao reconhecer uma luta de classes através da hegemonização do conhecimento - o arcabouço teórico moderno e positivista atende aos interesses da