boa sorte
As três formas de amizade na ética de Aristóteles
Nadir Antonio Pichler1
Resumo: o artigo investiga sucintamente, no contexto da filosofia prática aristotélica ou do agir moral, restrito ao tratado da Ética a Nicômacos, a virtude da amizade, subdividido em três formas. Além do conceito, abordaremos a amizade na utilidade, comum na maioria dos homens, voltada para os interesse pessoais; a do prazer, centrada na reciprocidade acidental, inclusive temporária.
Estas duas formas são consideradas, devido a sua finalidade, de efêmeras.
E, posteriormente, a amizade perfeita, a verdadeira, porque pressupõe uma reciprocidade substancial, um compromisso ético, com fim em si mesmo, em busca do bem, gerador de felicidade. Por último, algumas particularidades referentes à philia. Palavras-chave: amizade, utilidade, prazer, bem e felicidade. Abstract: this paper makes a succinct investigation, in the context of Aristotelian practical philosophy or of moral acting and restricted to the treatise of the Ética a Nicômacos, (Nicomachean Ethics) of the virtue of friendship, sub-divided into three forms. Besides the concept, we shall approach friendship in the utility, common in most men, aimed at personal interests; that of pleasure, centered on accidental reciprocity, including temporarily. These two forms are considered as ephemeral, due to their finality. And, afterwards, perfect friendship, the true one, because it pre-supposes a substantial reciprocity, an ethical compromise, as an end in itself, seeking the good, the generator of happiness. Last of all, some particularities with reference to philia. Key-words: friendship, utility, pleasure, good and happiness.
Introdução
D
uas são as razões apresentadas por Aristóteles para justificar a abordagem da amizade: ela é uma virtude e extremamente necessária à vida. Para viver bem, segundo Aristóteles, é essencial agir moralmente, isto é, procurar alcançar um equilíbrio nas ações humanas, acompanhado de alguns bens