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O sistema de bandeiras tarifárias, que permite o repasse mensal para a conta de luz dos custos extras com a geração de energia térmica, dificulta que os consumidores de energia façam uma previsão de gastos com o serviço, já que o custo será variável durante o ano. Para o professor Delberis Lima, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio (CTC/PUC-Rio), o prejuízo será principalmente para grandes consumidores, como as indústrias.
“O consumidor perde em previsibilidade, e isso impacta principalmente os consumidores industriais, que têm grande custo pelo consumo de energia elétrica. Eles calculam, no início do ano, quanto vão gastar e fazem essa previsão. Com as bandeiras tarifárias, não têm como saber”, diz. Por outro lado, o especialista avalia que o sistema será positivo porque vai permitir que os consumidores controlem o seu consumo de acordo com a variação do preço da energia.
“O consumidor vai poder reagir a essa variação de preço, como reage a qualquer variação de preço de qualquer produto. O tomate está mais caro, consome menos, a energia está mais cara, consome menos”, diz. Ele lembra que, desde o começo deste ano, a energia está mais cara para as distribuidoras por causa do aumento do uso de termelétricas, e o preço mais alto ainda não foi repassado aos usuários, que continuam consumindo da mesma forma.
O sistema de bandeiras tarifárias deveria ter começado a vigorar em janeiro deste ano, mas o governo adiou para 2015 o início da implantação. As bandeiras vão funcionar como um semáforo de trânsito: a bandeira verde significa custos baixos para gerar a energia, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo naquele mês. A bandeira amarela indicará um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando – um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Já a bandeira