Birman, p. “mediação feminina e identidades pentecostais.” in: cadernos pagu (6-7) 1996: pp.201-226.
1788 palavras
8 páginas
Universidade Federal de Juiz de ForaInstituto de Ciências Humanas
Departamento de Ciências Sociais
Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas
Disciplina: Estudos Culturais – Turma A
Professora: Cristina Dias da Silva
Birman, P. “Mediação feminina e identidades pentecostais.” In: Cadernos Pagu (6-7) 1996: pp.201-226.
Citação
Resumo: “Parti do princípio que, no campo pentecostal, há formas diferenciadas de pertencer a esse universo religioso que ultrapassam em muito o espírito protestante que, supostamente, daria sentido a essa identidade.” (...) “Esses mecanismos de compatibilização se fazem através da apropriação, bastante seletiva, aliás, da cultura "afro-católica" e que hoje também é exibida como um polo antagônico.”
P. 202 – “Até os anos oitenta a literatura sociológica não parecia encontrar nenhuma dificuldade em apontar os traços que, a grosso modo, distinguiam, no campo religioso brasileiro, aqueles que pertenciam aos pequenos grupos pentecostais.”
P. 202/ 203 – “O crente, como trabalhador, como pai e mãe de família exemplar, não somente foi visto como um modelo a seguir, mas sua exemplaridade também era percebida como exceção que reafirmava a regra, ou seja, como aquele que aponta pelo contraste com o outro, visto como as causas das mazelas sociais e morais das classes populares brasileiras. Estas eram cantadas em prosa em verso no seu jeito malandro de ser e também regularmente responsabilizadas pelo fato do país nunca chegar ao futuro. Assim, teria-se naquele tipo incômodo, de Bíblia na mão, uma fonte de dolorosa perplexidade - sem adesão a esses valores será possível alcançar ordem e progresso? “
P. 203 – “Esse personagem, signo dos valores em falta na sociedade nacional, foi, portanto, alimentado pelo contraste com a cultura circundante.”
Com o aumento da população crente brasileira algumas perguntas vem a tona, associando-os a questões mais graves. “Seriam signos de uma mudança da direção mais global na sociedade