Bioética

No conto de Machado de Assis intitulado “Pai Contra Mãe” se vê uma narração sobre os maus tratos que os escravos negros recebiam no século XIX, era uma maneira que os donos dos escravos tinham para garantir a honestidade, sobriedade (pois perdiam o vício de beber) e também o instinto para roubar, e para que não houvesse as fugas. Era como se fosse normal torturar os seres humanos, como se houvesse uma justificativa aceitável para aquilo. Se analisássemos a situação de maneira correta, moral e ética, diríamos que o escravismo foi um regime criminoso contra os seres humanos de cor negra, condenáveis em qualquer sociedade que fizesse bom juízo dos fatos.
Então os escravos não aceitavam essa condição desumana, e fugiam com frequência, sendo caçados por um capitão-do-mato e devolvidos aos seus respectivos donos, onde eles recebiam dinheiro por esse trabalho. Nisso que entra a história de Cândido Neves que segundo o conto, “cedeu à pobreza, quando adquiriu o ofício de pegar escravos fugidos” e tinha um grave defeito “não aguentava emprego nem ofício, carecia de estabilidade”.
Clara é uma órfã que esperava pelo amor ideal, em um determinado dia encontra Candido por quem sente uma forte atração e vê que finalmente chegou o amor que esperava para poder se casar mais tarde então os dois se casam, e vão morar em uma casa de aluguel junto com a tia de Clara, de nome Mônica, enquanto Candido trabalha capturando escravos as duas costuram para ajudar na sobrevivência, pois são tempos difíceis e eles passam por necessidade devido a grande falta de dinheiro. Quando Clara fica grávida piora a situação de pobreza em que eles viviam, porém segundo o conto tudo era motivo de graça para o casal, Tia Mônica era a única realista e alertava-os “vocês verão a triste vida que terão quando essa criança nascer”, contudo o que Tia Mônica visava era seu próprio bem-estar, pois ela dependia do casal, e preocupava-se que a criança ocuparia seu lugar, então desde sempre aconselhava o casal a