Bioética animal
Em 1970, o médico van Rensselaer Potter citou pela primeira vez o termo Bioética, e para ele o termo significava a ética aplicada com respeito e responsabilidade com a vida, e que busca tratar de assuntos que abrangem até a sobrevivência ecológica do planeta. Seria um elo entre os valores morais e éticos e as ciências biológicas.
Dentro da bioética temos vários subgrupos, como a bioética animal, que está totalmente ligada à preocupação com o bem-estar dos animais. O uso de animais em experimentações científicas é uma das maiores questões da bioética animal, pois as técnicas utilizadas são muitas vezes consideradas cruéis, como a vivissecção. E devido aos questionamentos sobre as experimentações cientificas com animais e outros tratamentos inadequados dado a esses, a partir de 1981 vários países começaram a criar ou revisar leis que regulavam a utilização de animais em pesquisas.
No Brasil, o conhecimento da existência de Comitês de Ética em Pesquisa com Uso de Animais pelos pesquisadores ainda é pouco, acarretando assim que as suas leis de regulamentação às pesquisas muitas vezes não são respeitadas, devido ao desconhecimento delas.
O uso de animais em experimentação e pesquisas científicas é em sua maior parte utilizado para dois fins, o primeiro é para aprofundar o conhecimento sobre os próprios animais e assim oferecer melhores condições de vida a eles, e o segundo é o uso dos animais como modelos para pesquisas voltadas aos humanos. O segundo caso, e o mais frequente, é a razão para a maior parte dos debates da bioética animal, pois questiona a prevalência do ser humano frente aos outros animais, o antropocentrismo, e assim a desconsideração da dor e sofrimento dos animais.
A partir do debate da bioética animal e do bem-estar animal surgiu o conceito dos 3R: replacement, reduction e refinement - substituição, redução e refinamento, respectivamente. A ‘replacement’ seria a substituição de seres vertebrados por seres não sencientes, a