Etica Na Pesquisa De Animais Bioetica
Quando se fala em ética sempre se pressupõe o outro. Esse outro é sempre visto como outro ser humano. A ideia do outro não ser “ser humano” (outro ser vivo ou até mesmo máquina) nem sempre é levada em consideração, ao menos de modo diferenciado.
Todas as pessoas que pratiquem experimentação biológica devem tomar consciência de que o animal é dotado de sensibilidade, de memória e que sofre sem poder escapar da dor; Alguns ou muitos pesquisadores brasileiros desconhecem este artigo e enviam trabalhos assim chamados "científicos" nos quais estão registrados atos de verdadeiras atrocidades cometidas nos animais. Pesquisa sem ética não é pesquisa séria. A atrocidade é anti- pesquisa, é um ato hediondo. São os mesmos abusos cometidos contra prisioneiros nos campos de concentração durante a 2a. Guerra Mundial e que levou ao primeiro código de normas regulando a pesquisa com seres humanos.
O trabalho experimental anti-ético é devolvido ao autor com as recomendações do COBEA. No Artigo II dos Princípios Éticos está escrito: "O experimentador é moralmente responsável por suas escolhas e por seus atos na experimentação animal". No Artigo V: "Os investigadores devem considerar que os processos determinantes de dor ou angústia em seres humanos causam o mesmo em outras espécies". No Artigo VI: "Todos os procedimentos com animais que possam causar dor ou angústia precisam se desenvolver com sedação, analgesia ou anestesia adequada. Atos cirúrgicos ou outros atos dolorosos não podem se implementar em animais não anestesiados e que estejam apenas paralisados por agentes químicos e/ou físicos".