Bioética- o uso de animais em pesquisa
O uso de modelos animais em pesquisas científicas é motivo de grande polêmica, pois há aqueles que se dizem contra, devido ao sofrimento imposto aos animais, e existem aqueles que são a favor, pois em alguns casos não seria possível o uso de meios alternativos para se chegar ao resultado esperado.
Desde a antiguidade, o homem busca o conhecimento científico, e o uso dos animais em experiências já era usado naquela época. Primeiro, por pessoas apenas interessadas em desvendar a complexidade do funcionamento do organismo, posteriormente por pessoas especializadas em várias áreas científicas.
No século XVII o uso indiscriminado de animais em experimentos se amparava na idéia de que os animais não possuíam alma, portanto, não sofriam. O primeiro experimento que utilizou animais sistematicamente foi publicado em 1638, por Willian Harvey, que utilizou mais de 80 espécies de animais em seu estudo sobre a fisiologia da circulação sanguínea.
Com o passar do tempo a questão tomou outras proporções, sendo que inúmeras regras foram adotadas, sobre o ponto de vista ético, para inibir o uso de animais em pesquisas científicas, e atenuar o sofrimento imposto as cobaias.
Em muitos casos a ciência ainda depende dos animais nas pesquisas, sendo possível com a utilização de cobaias a descoberta de novas terapias e medicamentos que salvam inúmeras vidas ao redor do mundo.
A tendência é que gradativamente a ciência consiga substituir os animais nas pesquisas, utilizando modelos matemáticos, cultura de tecidos ou células, modelos sintéticos, simulações de computador, etc. E essa substituição por modelos alternativos deve ser encorajada, deve ser o objetivo da ciência para os próximos anos encontrar esses meios de se chegar aos resultados esperados, preservando a integridade física dos animais.
2.Desenvolvimento
2.1. Histórico
As investigações na área da saúde são realizadas há mais de dois mil anos, tendo inicio, provavelmente, com os estudos de Hipócrates (405