Biotecnologia
A cultura de tecidos é um termo genérico que inclui a cultura de órgãos, que é o crescimento de pequenos fragmentos de tecidos ou de um completo órgão embrionário, e cultura celular, onde as células de um tecido são dispersas por meios mecânicos ou enzimáticos e se propagam como suspensão celular ou são prendidas em uma superfície de vidro ou plástico.
A cultura de tecidos requer condições estéreis, e um meio de cultura contendo água, sais, muitos nutrientes e soro sanguíneo para a sustentação celular e para seu crescimento fora do corpo. Um meio de cultura sem soro tem sido desenvolvido para satisfazer necessidades e funções crescentes das células.
A cultura de tecidos vegetais tem várias aplicações práticas utilizadas amplamente na agricultura. Dentre elas podemos destacar: a clonagem de vegetais, o melhoramento genético e a produção de mudas sadias. Esta técnica consiste, basicamente, em cultivar segmentos de plantas, em tubos de ensaio contendo meio de cultura adequado.
A cultura de tecidos tem demonstrado grande importância prática e potencial nas áreas agrícolas, florestal, na horticultura, floricultura e fruticultura, bem como na pesquisa básica.
A partir desses segmentos que podem ser gemas, fragmentos de folhas ou raízes, ápices caulinares entre outros, podem ser obtidas centenas a milhares de plantas idênticas. Essas plantas são, posteriormente, retiradas dos tubos de ensaio, aclimatadas, e levadas ao campo, onde se desenvolvem normalmente.
As células e tecidos de culturas de animais são amplamente utilizadas para pesquisa biológica. Por exemplo, os métodos da cultura de tecidos são válidos para o teste de drogas com aplicação na medicina e para o preparo de vacinas, anticorpos, fatores de crescimento, coeficientes de coagulação, e numerosas proteínas.
Células sanguíneas podem ser obtidas na medula óssea de doadores sadios, onde sua cultura é feita na presença de fatores de crescimento e utilizados no transplante