Biotecnologia
Muito embora não compreendam os detalhes da engenharia genética, ficam desconfiadas quando ouvem falar de novas tecnologias alimentares desenvolvidas em segredo por empresas gigantescas que procuram vender seus produtos sem advertências, rótulos, ou mesmo debates públicos. Nos últimos anos, a diferença entre as propagandas das indústrias biotecnológicas e a realidade da biotecnologia alimentar tornou-se mais do que evidente.
Os anúncios das empresas de biotecnologia retratam um admirável mundo novo em que a natureza será finalmente subjugada. Suas plantas serão mercadorias, fruto de um processo de engenharia genética, e feitas sob medida para as necessidades do consumidor. As novas variedades de produtos agrícolas serão resistentes às secas, aos insetos e às ervas daninhas. As frutas não apodrecerão nem ficarão amassadas e marcadas. A agricultura não será mais dependente de produtos químicos e, por isso, não fará mais mal algum ao ambiente. Os alimentos serão mais nutritivos e seguros do que jamais foram e a fome desaparecerá do mundo.
Os ambientalistas e defensores da justiça social têm uma forte sensação de "déjà vu" quando lêem ou ouvem essas idéias otimistas, mas absolutamente ingênuas, do que será o futuro. Muita gente ainda se lembra de que uma linguagem muito semelhante era usada pelas mesmas empresas agroquímicas há várias décadas, quando promoveram uma nova era de agricultura química saudada como a "Revolução Verde". De lá para cá, o lado negro da