Biotecnologia por trás da produção de cana
Também coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Buckeridge estuda e aperfeiçoa geneticamente a resistência da planta ao estresse, às mudanças climáticas e às pragas.
“Para chegar nisso, um exemplo, eu pego 400 mil plantas e as cultivo ao longo de 12 anos e vou selecionando [as melhores] para tolerância ao estresse, facilidade de colheita, resistência a doenças, produção de açúcar... E cada vez eu vou ficando com um número menor de plantas” diz Marcos Buckeridge.
Quebrando a celulose
Buckeridge: 400 mil plantas cultivadas ao longo de 12 anos. (foto Mauro Bellesa)
Outra área em que as pesquisas tem se concentrado é na forma de se produzir o etanol de segunda geração. Atualmente o álcool é retirado somente da sacarose da cana, mas se for descoberto como, em escala industrial, quebrar as moléculas de celulose, poderá se extrair combustível do bagaço e palha da cana.
A descoberta de fungos e bactérias de diferentes tipos contribui na pesquisa de sintetizar uma enzima em laboratório capaz de retirar energia da celulose, e possibilitar a produção de mais combustível com a mesma quantidade de matéria prima.
A Novozymes Latin America, multinacional dinamarquesa que também pesquisava enzimas sintéticas, apresentou durante o F. O. Licht’s Sugar & Ethanol